Foi-se
a época em que Malhação era uma novela jovem, pop e retratava a realidade da
juventude brasileira. Na real, a pouquíssimo tempo começaram a surgir programas
as quais falassem a verdadeira língua dos jovens, o “pouquíssimo”, é claro,
referindo-se a TV aberta, pois os programas mais joviais estão nos canais
pagos. Hoje, já não mais adolescente vejo o quão escrotos eram e ainda são os
programas “teen” da TV aberta.
Recentemente
assisti ao filme “As melhores coisas do mundo”, filme brasileiro de 2010 com a
direção de Laís Bodansky e
distribuição da Warner. Logo de cara, o que me chama à atenção no roteiro do
filme é a verdadeira realidade da juventude brasileira abordada. Sem
palavreados inexistentes como “irado, caraca, maneirasso” e etc.
Francisco
Miguez, o protagonista do filme, interpreta o jovem “Mano”, um
adolescente de 15 anos da classe média paulistana. O personagem tem de encarar os altos e baixos da
adolescente, como as primeiras relações sexuais, a separação dos seus pais,
conflito com seus amigos, bullying na escola e etc.
O filme ganhou oito Calungas no Festival do Recife, sendo o filme mais premiado do festival. Também foi
eleito Melhor filme no VIII Festival Internacional de Cine para la Infancia y
la Juventud em Madri em
2011. Entre
os atores do elenco, estão Caio Blat, Denise Fraga, Paulo Vilhena, Fiuk, Gustavo Machado, Zé Carlos Machado, Juliana
Dantas, Ananda Carvalhosa,Francisco
Miguez, Gabriela
Rocha, Gabriel Illanes e Júlia
Barros.
O filme possui uma trilha sonora urbana, com a cara
de uma metrópole como São Paulo. Inclui a canção “Something” dos Beatles e a composição
original de Arnaldo Antunes e BiD chamada “As Melhores Coisas”. No trailer, é
possível também escutar a canção “Rock de Areia”, do grupo General Lee. Assim como acontece normalmente entre os
adolescentes, a música ocupa um lugar importante na vida do protagonista Mano.
Alem
dos já citados, outras artistas completam a trilha sonora: Sheriff Billy
Joe, Crocodile’s Clock, Tolerância Zero, Klatu, Dada Yute, e Sofisma.
Para você que assim como eu, durante a adolescente,
nunca havia se identificado com absolutamente nada, assistam o filme.
Fica aqui a dica, sério, vale à pena, é um ótimo
filme, não deixem de assistir. Um bom filme, um bom roteiro e uma direção
também muito boa. Até a próxima.
“Não é impossível
ser feliz depois que agente cresce. Só é mais complicado.”