Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, esse é o nome de um dos maiores nomes da poesia francesa e mundial, por que não. Grande parte de suas obras mais famosas foram criadas ainda em sua adolecencia, sendo chamado até mesmo de “um jovem Shakespeare”. Porém aos 20 anos de idade, o jovem prodigio dessistiu da carreira literaria, contudo suas obras inspiraram artistas em diversas areas, como na música, arte moderna e na própria literatura, é claro.
Arthur Rimbaud nasceu em Charleville, Ardennes nordeste Frances. Era de uma familia de classe média, filho de Vitalie Rimbaud e Capitão Frédéric, combatente na conquista da Argélia. Logo após o nascimento da quinta criança na familia Rimbaud, o Capitão foi embora, abandonando a familia. Crescendo separadamente de seu pai, é evidente em seus escritos Rimbaud nunca se sentiu amado por sua mãe.
Era um garoto impaciente, porém brilhante. Com seus quinze anos de idade ganhou muitos prêmios e compôs versos originais e diálogos em Latim. Em 1870 seu professor Georges Izambard se tornou seu mentor literário, e seus versos em francês começaram a melhorar rapidamente.
Ele fugia freqüentemente de casa e possivelmente se unido, por pouco tempo, à Comuna de Paris de 1871, que foi retratada em seu poema L'orgie parisienne (“A Orgia Parisiense”); pode ter sofrido violências sexuais por soldados bêbados da comuna, segundo o que dizem estar tratado em seu poema Le cœur supplicié (“O Coração Torturado”), tal fato é pouco provável já que Rimbaud continou a apoiar os Comunistas escrevendo poemas que simpatizavam com suas reivindicações. Nesta mesma época, Rimbaud se tornou anarquista, começeu a beber e tirar sarro da burguesia local.
O poeta promissor retornou a Paris por um convite do poeta simbolista Paul Verlaine (depois de Rimbaud lhe mandar cartas com exemplos de seus trabalhos) e residou brevemente em sua casa. Paul, que era casado, se apaixonou pelo adolescente calado, de olhos azuis e cabelo castanho-claro comprido. Os amantes levaram uma vida despreocupada, regrada a absinto e haxixe. Escandalizando o círculo literário parisiense por causa do comportamento ultrajante de Rimbaud que continuava a escrever notáveis versos visionários.
O casal passou algum tempo em Londres, vivendo em meio à pobreza juntos, até Verlaine voltar para Paris. Entretanto, a saudade do jovem de olhos azuis foi tanta que eles se encontraram em um hotel, porém o encontro foi desastroso. Ambos reclamando do comprotamento do outro, Verlaine bebeu o suficiente para dar dois tiros em Rimbaud, apenas um o acertou, no pulso. O incidente não abalou o relacionamento deles, quando o casal ia viajar junto e Verlaine se comprotou como um louco, Rimbaud não aguentou e mandou um policial prende-lo.
Rimbaud retornou a sua casa em Charleville e completou sua prosa Une saison en enfer (Uma Estação no Inferno), considerada pioneira nas instâncias do simbolismo moderno e escreveu uma descrição sobre sua vida de drôle de ménage (farsa doméstica) com Verlaine. Apartir dai, o poeta seguiu por uma longa tragetoria de viagens mundo a fora.
Rimbaud desenvolveu sinovite em seu joelho direito e, subseqüentemente, um carcinoma no mesmo joelho. Seu estado de saúde o forçou a partir para a França, onde foi admitido num hospital em Marseille, e ali teve sua perna amputada. No pós-operatório foi descoberto que Rimbaud sofria de câncer. Após uma curta estada na casa de sua família, voltou a viajar para a África, mas sua condição médica piorou durante a viagem, e logo foi readmitido no mesmo hospital em Marseille. Lá, após algum tempo de sofrimento e eventuais visitas de sua irmã Isabelle, Rimbaud morreu, com apenas 37 anos, e seu corpo foi enterrado no jazigo da família em Charleville.
Por Leonardo - @leonardCocain